Alerta: Esse não é o meu diário - Parte 2

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Era uma manhã comum de inverno, a geada noturna tinha deixado os vidros dos carros embaçados, as árvores pingavam gotas de orvalho até que às 06h13min da manhã o Sol deu as caras e aqueceu um pouco aquela geleira que havia se tornado o nosso bairro. Eu gosto de acordar cedo nos domingos aliás, bem cedo. Gosto de acordar antes do Sol nascer para acompanhá-lo no seu nascimento ou renascimento, é algo que faço desde os 9 anos, quando nosso cachorro Lucky morreu e meu pai levou ele até um gramado para ser enterrado, desde esse dia eu acordo todos os domingos para ver o sol nascer. Minha mãe diz que meu luto pela morte dele fez com que eu criasse essa rotina, às vezes acho que ela está certa, às vezes acho minha mãe maluca, mas de médico de louco, todo mundo tem um pouco. 

Essa manhã de domingo foi peculiar. Acordei e fiz o café apenas na cafeteira, pois era muito nova para meus pais me permitirem mexer no fogão, até que estremeci com o grito da minha mãe no quarto e deixei a jarra cheia de café quente cair e se partir em pedaços no chão. O líquido lavou minhas pernas e meus pés, mas a euforia com o momento era tanta que não senti um pingo de dor. Minha mãe havia completado 42 semanas no dia anterior e como era uma gravidez de risco, sabíamos que não passaria muito além desse tempo. Quando minha mãe gritou no quarto, paralisei por um instante e veio à tona tudo que aconteceria a partir daquele momento. Meu quarto recebendo um bebê, meu pai dobrando a carga horário de trabalho, brinquedos espalhados pelo chão, roupinhas cor de rosa e salmão penduradas no varal, finalmente caiu a ficha, Luíza estava vindo ao mundo, ao nosso mundo, ao meu mundo. 

Chegamos ao hospital por volta de 07h20min da manhã, minha mãe apesar das contrações estava sorridente, serena e muito disposta a ter um parto tranquilo e natural. Não permitiram que eu subisse por conta da idade, fiquei ali parada no saguão do hospital, esperando meus avós chegarem a qualquer minuto, até que me dei conta do café derramado no meu corpo, então senti a quentura envolvendo minhas pernas, olhei para baixo e finalmente depois da adrenalina ter passado, senti a dor da queimadura que o café quente tinha causado.

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Esse projeto está sendo escrito e desenvolvido por Larissa Pandori, Mariana Guimarães e Raquel de Povoas. Você encontra os dois primeiros capítulos completos no blog 1/4 de café ♥

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